Gonçalo: comunidade escolar cobra conclusão de obra

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Alunos e professores do Centro de Excelência Professor Gonçalo Rollemberg Leite fizeram um ato, na manhã de hoje, dia 4 de junho, em frente ao prédio original da escola, que fica no bairro Grageru em Aracaju. Há cinco anos a escola foi fechada para uma reforma completa, com conclusão prevista para o ano de 2021, mas o que se vê no espaço são escombros e deterioração.

“A escola estava um caos. Quando chovia, alagava as salas de aulas, perdemos computadores e outros equipamentos. Ela realmente precisava de uma grande reforma”, disse Sérgio Araújo, professor da escola há oito anos. “Mas não imaginávamos que a escola iria ser esquecida e a obra ficaria parada por cinco anos”, desabafou.

Enquanto isso, a comunidade escolar foi alocada numa escola no bairro Coroa do Meio. “A infraestrutura era inadequada e fomos realocados no Centro de Aracaju, mas também não é a estrutura adequada”, comentou o professor.

“A escola tem perdido alunos porque a unidade está longe do bairro deles e ainda temos que concorrer com outras escolas que tem estrutura melhor que a que temos hoje. Nossos estudantes não conseguem ter a sensação de pertencimento a esta escola, eles não se sentem pertencentes ao Gonçalo, não sabem o que é ser Gonçalo. E esta falta de identidade prejudica o aprendizado e a evolução do aluno”, disse Fernanda Correia, professora do Gonçalo há doze anos.

Na tarde de ontem, dia 3 de junho, o secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral, chamou professoras e professores do Gonçalo para uma conversa na sede da escola. Segundo o professor Sérgio, o secretário informou que vai ser realizada uma nova licitação e que espera entregar a obra em seis meses. “É difícil acreditar que isso vá acontecer, mas ficaremos no pé”, disse professora Fernanda.

“Esta já vai ser a terceira licitação dessa obra. São cinco anos de abandono. Tanto abandono que uma das placas com os dados da obra caiu enquanto a reunião entre o secretário e alguns professores acontecia. Ainda bem que ninguém se machucou e já retiraram a segunda placa para evitar algum desastre”, comentou Paulo Lira, diretor de Assuntos Educacionais do SINTESE. “Continuaremos firmes e vigilantes para que esta obra seja finalmente concluída e a comunidade escolar possa voltar ao seu lugar de origem”, afirmou.