De acordo com as informações publicadas somente no dia 09 de junho o Estado de Sergipe tem condições de pagar a revisão do piso para todos sem divisão do índice de reajuste.
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal esses dados teriam que ser divulgados até o dia 31 de maio. Os dados só foram disponibilizados no dia 09 de junho, após a votação do projeto que dividiu o índice de revisão do piso. “Infelizmente o governo do Estado não informou para a população os dados verdadeiros e a conseqüência disso foi uma confusão na sociedade”, disse a presidenta do SINTESE, Ângela Melo
VEJA A APRESENTAÇÃO
Em 2010 gastava mais
No primeiro quadrimestre de 2010 (jan a abr), o governo do Estado gastava mais com folha de pagamento do que em 2011. Leve-se em consideração que após esse período houve reajuste para os policiais (civis e militares), servidores públicos, defensores públicos. “Os dados mostram que a realidade financeira deste ano é efetivamente melhor que a de 2010. O que já tínhamos afirmado desde o início das negociações”, disse a presidenta do SINTESE.
Nas várias entrevistas dadas por membros do governo e pelo próprio governador foi passada uma situação para o povo sergipano uma situação de dificuldades financeiras que não condiz com a atual realidade das finanças do Estado. A direção sindicato questiona como 2011 é um ano difícil se os gastos no primeiro quadrimestre são menores que o gasto no mesmo período do ano passado.
Em 2010 os professores tiveram o piso integralizado e revisado o que implicou em um reajuste de 32,17%. O reajuste do piso para 2011 é de 15,86%, ou seja, ano passado gastou mais, quando tinha menos dinheiro. Hoje há mais recursos, o índice de reajuste é menor, mas o governo insiste em dizer que há pouco dinheiro. Os próprios dados da Secretaria da Fazenda dizem o contrário.
Carreira
A luta dos professores é para que direitos conquistados com muita luta não sejam perdidos ao bel prazer de um governante de plantão. A carreira do magistério foi conquistada através de atos públicos e foi muito discutida com a sociedade civil organizada, não podemos admitir que dividam a categoria e insistam numa política de desvalorização, pois não é essa a essência da lei do piso.
“Não é carreira dos nossos sonhos, nem o piso dos nossos sonhos, mas foi o que conseguimos até agora e não aceitamos que ela seja destruída. Com base nestes dados solicitamos ao governo o imediato envio para a Assembleia Legislativa um novo projeto de lei que garanta o pagamento da revisão integral para todos os níveis da carreira do magistério”, disse a presidenta.
Greve
O sindicato soube através de informação passada pela imprensa que o Tribunal de Justiça julgou a greve dos professores ilegal.
A informação não surpreendeu a categoria, pois as decisões do TJ sempre criminalizam o direito de greve do servidor público. O que deixou intrigada a direção do sindicato foi que o judiciário não deu resposta a ação cautelar impetrada pelo SINTESE no dia 19 de maio que garantia a legalidade da greve.
O sindicato ainda não foi notificado da decisão judicial e até o momento a categoria está tranqüila.
Fogueirão do Parcelamento
A categoria realiza a partir das 9h desta terça (14) ato público na Praça Fausto Cardoso. O ato intitulado Fogueirão do Parcelamento vai queimar os votos dos 17 deputados que votaram pela divisão da revisão do piso. A assembleia que se realiza nesta terça, às 14h no Instituto Histórico e Geográfico.