Como parte da campanha salarial 2012 os professores da rede estadual aprovaram na assembleia realizada nesta quarta no Instituto Histórico e Geográfico que vão ocupar as galerias no dia 28 de março a partir das 8h.
Os professores vão entregar aos deputados a pauta de reivindicação da categoria e solicitarão que eles não aprovem reajuste diferenciado entre os professores. “Nossa luta é por gestão democrática, por avaliação do sistema de ensino e não ao Índice Guia e por reajuste de 22,22% para todos os professores”, aponta a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.
Após a assembleia os professores fizeram uma rápida caminhada e ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa numa prévia do que será o dia 28.
Concurso Público
Dentre os informes transmitidos para os presentes a assembleia, a presidenta do SINTESE leu a nota pública veiculada ontem (no site do sindicato) e hoje no Jornal da Cidade sobre a posição do sindicato após a ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Estadual solicitando o cancelamento do concurso.
“O SINTESE defende o concurso público como forma exclusiva de acesso aos cargos integrantes do quadro efetivo dos servidores, razão pela qual, sempre atuou junto ao MPE para a realização desse certame. Foi a partir do apelo da comunidade escolar, transformado em denúncias pelo sindicato que o Ministério Público agiu no sentido de que o concurso finalmente fosse organizado. Toda a sociedade sergipana deseja que ocorra o concurso para professores, no entanto, todos temos a clareza, também, que a sua realização não pode atentar contra um dos mais basilares princípios constitucionais regentes da Administração.”, diz uma das partes da nota.
Índice Guia
O magistério da rede estadual voltou a afirmar os seu repúdio ao método índice guia para avaliação de desempenho. A proposta da categoria é para que o debate sobre uma avaliação do Sistema de Ensino (condições das escolas, professores, equipe diretivas, políticas educacionais) seja realizada no Congresso Estadual de Educação para que seja debatida uma avaliação do Sistema de Ensino. “O modelo de avaliação do Índice Guia de fere mortalmente a liberdade profissional dos educadores”, disse a presidenta.
Calendário de pagamento
Os professores aposentados que estiveram na assembleia estava indignados com a decisão do Governo do Estado de alterar o calendário de pagamento deixando-os como os últimos da fila para receberem seus salários.
Há anos os servidores aposentados abriam o calendário de pagamento. “Minha vida financeira já estava toda programada para as datas em que recebia dinheiro, agora ando pagando juros no cartão de crédito porque o governo mudou a data de pagamento, isso está me causando transtornos e prejuízos”, disse o professor Fernando.
Os presentes a assembleia decidiram enviar um abaixo assinado para o governador Marcelo Déda solicitando que os aposentados voltem a constar nos primeiros dias de pagamento, até por uma questão de consideração com aqueles que já contribuíram tanto com o serviço público sergipano. O sindicato já protocolou ofício ao governador solicitando que reveja a questão.
A categoria decidiu também que permanecem em estado permanente de assembleia. O próximo encontro está marcado para o dia 10 de abril às 15h no Instituto Histórico e Geográfico.
Debate Carlos Mariguela
Dando continuidade as ações em prol da Comissão da Verdade e abertura dos arquivos da ditadura, a Central Única dos Trabalhadores em Sergipe receberá, no dia 28 de março, às 15h na Escola do Legislativo, o filho da grande guerrilheiro comunista Mariguela, cujo nome vem de seu pai, o advogado Carlos Augusto Mariguela, para um debate que trará elementos da história de seu pai, dos bastidores da ditadura militar e da maneira como tudo isso influenciou sua opções enquanto militante no processo de redemocratização do país.
Para Rubens Marques, a Central Única dos Trabalhadores tem um importante papel na discussão sobre os fatos que marcaram um período nefasto da história brasileira, principalmente na defesa da verdade que tornearam as constantes violências e torturas sofridas por aqueles que lutavam pela liberdade. É importante os professores participarem deste debate e também levem seus alunos.
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