Sem anistia: ato mobilizou povo na rua contra golpistas

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A população brasileira foi às ruas em todo o Brasil, no dia de hoje, 8 de janeiro, num grande ato em defesa da democracia e pela punição e prisão dos que tentaram dar um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

“Sem anistia e sem perdão! Queremos ver Bolsonaro na prisão!”. Com essa palavra de ordem, centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e movimentos populares ocupam as ruas do Centro de Aracaju para dizer que golpe nunca mais.

“Manter viva a memória é garantir que não se repitam golpes, que não se repitam ditaduras, que não se repitam períodos de tirania em nosso ou em qualquer outro país. É preciso manter o 8 de janeiro de 2023 vivo em nossa memória para evitar que se repita. Nenhum momento golpista pode nascer para atacar o que a gente tem de mais puro num processo político que é a democracia”, disse Leila Moraes, diretora de Comunicação do SINTESE.

“O que eles tentaram fazer no 8 de janeiro de 2023 foi dar um golpe, implantar uma ditadura jamais vamos permitir que o Brasil viva isso novamente. Essas pessoas abraçaram um discurso nocivo e saíram dos esgotos. E é para lá que devem voltar”, destacou Adeniton Santana, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em Sergipe.

“A importância de a gente estar na rua é para mostrar a todos os golpistas que a gente nunca desistiu. Que não é porque eles quebraram tudo há dois anos atrás que a gente vai desistir de defender a democracia. Cada ato deles só reforça o da gente. Então o movimento hoje está mais forte do que nunca e sempre na luta”, disse Maria das Graças, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Sergipe.

“Hoje é uma data histórica, na qual a sociedade brasileira sentiu na pele o que é o começo de um golpe. As organizações, então, têm feito essa denúncia e nós hoje estamos aqui para defender a democracia do nosso país. E defender a democracia do nosso país é defender um salário justo para todas as categorias, é defender a democratização da riqueza, da renda, da terra. Então, por tudo isso é que nós lutamos contra qualquer tipo de golpe dessa elite brasileira”, reforçou Zé Roberto, coordenador do MST em Sergipe.

“Nesse dia 8 de janeiro de 2025, movimentos sociais, movimentos populares, movimentos sindicais, movimentos estudantis, todos estiveram nas ruas do Centro de Aracaju, lembrando à população sergipana que não podemos esquecer da tentativa de golpe que ocorreu dois anos atrás. Algumas pessoas já estão presas, mas outras precisam também ser punidas, precisam ser presas, precisam pagar pelos seus crimes, porque não podemos naturalizar uma tentativa de golpe. Não podemos achar que é normal ter um plano para matar o presidente, o vice-presidente, o ministro do STF. É preciso que todos vão para a cadeia, que paguem pelos seus crimes. A tentativa já é para ser punida, o pensamento já é para ser punido. Então é sem anistia, é sem perdão. Queremos ver Bolsonaro e todos aqueles que apoiaram, que arquitetaram, financiaram e iniciaram esse golpe na cadeia”, afirmou Caroline Santos, vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Sergipe.