Os professores da rede municipal de neópolis, deliberaram em assembleia no último dia 11/04, paralisarem as atividades letivas nos dias 18 e 19, devido ao descaso do prefeito Marcelo Guedes em relação ao reajuste do piso salarial nacional publicado pelo mec no dia 27/02 em 22,22%.
Desde o dia janeiro que foi protocolado o ofício na prefeitura, solicitando uma audiência com o executivo municipal, e até agora não foi marcada a audiência, nem encaminhada nenhuma proposta para a categoria.
No ano passado após 30 dias de greve e com a intervenção do ministério público, o prefeito Marcelo Guedes negociou a integralização do piso no mês de dezembro, mas para isso baixou a regência de classe de 25% para 10%, no triênio de 5% para 4% e reduziu outros direitos, com o compromisso que assim que fosse publicado o índice de reajuste de 2012, iniciaria a negociação, e mais uma vez o prefeito descumpre um acordo, mostrando a sua falta de respeito com os professores dos filhos e filhas do povo de Neópolis.
A categoria não entende o porquê da demora do prefeito Marcelo Guedes em realizar o reajuste, quanto mais demorar a pagar pior, pois a dívida trabalhista vai crescendo. Pois o reajuste é a partir de 1º de janeiro como determina a lei federal 11738/2008. Não há motivo para essa demora, o município tem dinheiro para pagar o reajuste. O que falta é vontade política do prefeito em valorizar os professores.
Não só os professores são tratados com descaso. Os alunos também sofrem. Não há alimentação escolar todos os dias. A maioria das escolas precisa urgente de reformas e pior, ainda são cercadas por arames farpados como a Escola Municipal Valdenice Vieira no povoado Tenório, a Escola Municipal Vereador Francisco Duda da Silva no povoado Mussuípe, a Escola Municipal Carlos Torres de Souza, no povoado Flor do Brejo entre outras.
Além do mais em 2011 o município também recebeu R$300 mil de salário educação e as escolas nãotiveram nenhuma reforma. A falta de material didático também tem prejudicado demais o trabalho dos professores, para se ter uma ideia o calendário das avaliações foi elaborado para ocorrer de 09 a 13/04, mas os professores não tiveram papel ofício para fazer as provas, tendo que realizar as avaliações copiadas pelo quadro e os alunos tiveram que arrancar as folhas dos próprios cadernos, isso aconteceu do Centro Educacional Municipal Tiradentes, descumprindo o que determina a Constituição Federal.
Os transportes para os povoados também são precários, andam superlotados colocando em risco a vida dos nossos estudantes, sem falar em alguns veículos dos professores apresentam problemas no farol, freios, caixa de embreagem e falta de combustível.
Portanto, os professores vem pedir o apoio aos alunos, pais dos alunos e a sociedade em geral, na luta por uma educação de qualidade social para os filhos e as filhas dos trabalhadores e das trabalhadoras do nosso município.