Lagarto: Professores decidem manter greve e fazem ato nesta terça

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Em assembleia ocorrida na manhã desta segunda-feira, 10, os professores da rede municipal de Lagarto, deliberaram pala manutenção da greve por tempo indeterminado. A categoria está em greve desde o dia 18 de maio.

Os professores farão um ato nesta terça-feira, 11, às 9h, na Praça da Caixa d’Água. Na quarta-feira, 12, o Ministério Público de Lagarto convocou para audiência a comissão de negociação do SINTESE e a prefeitura do município. Já na quinta-feira, 13, os professores novamente farão assembleia para avaliar o ato e a audiência e deliberar novas ações de luta.

O Tribunal de Justiça de Sergipe decretou ilegal a greve dos professore de Lagarto, no entanto, o SINTESE ainda não foi notificado sobre a decisão. “Nossa greve é legítima, pois é uma greve por direitos. Estamos nos mantendo firmes na luta, o que reivindicamos é que prefeitura cumpra a Lei, dê condições dignas de trabalho aos professores, respeite os estudantes e a educação municipal”, coloca o coordenador da Subsede do SINTESE na região Centro Sul, professor Nazon Barbosa. 

Pautas de luta dos professores

O prefeito de Lagarto, Lila Fraga, não cumpre há dois anos (2014 e 2015) a Lei Federal 11.738/2008, que estabelece pagamento e reajuste do piso salarial dos professores da rede pública. De acordo com a Lei, o piso deve ser reajusto anualmente, sempre no mês de janeiro.

“Ao longo destes 82 dias de greve por diversas vezes o SINTESE tentou audiência com o prefeito do município, que se recusa abrir canal de diálogo e negociação com magistério lagartense”, afirma o professor Nazon Barbosa.  

Além de terem seu direito negado, os professores de Lagarto ainda são submetidos a precárias condições de trabalho, em escolas que não oferecem estrutura adequada e materiais necessários para a promoção do ensino e aprendizagem. A má qualidade da alimentação e do transporte escolar também marcam a educação do município.