O prefeito de Pirambu, Élinho Martins, tem alardeado aos quatro ventos que não atrasa salários dos professores e que mantém seus compromissos sempre em dia. No entanto, esta não é a verdadeira realidade do município.
Desde agosto de 2015 os professores da rede municipal de Pirambu têm sofrido com os constantes atrasos de salário. A política empregada por Élinho Martins, ao longo destes últimos seis meses, é de pagar os professores somente após o dia 10 do mês subsequente. Os salários deveriam entrar na conta dos educadores de Pirambu no dia 30 ou 31 do mês trabalhado.
A prefeitura pagou de forma parcelada o salário de dezembro de 2015, a primeira parcela foi paga no dia 30 dezembro e a segunda somente no dia 12 de janeiro. Os professores não têm perspectiva de quando irão receber a remuneração de férias referente a janeiro de 2016. A prefeitura deve também aos professores os retroativos do piso salarial dos anos de 2011 (janeiro a julho) e 2012 (janeiro).
Salário de janeiro
No dia 20 de janeiro o secretário de Finanças de Pirambu, Antônio Carlos, em audiência com as representantes do SINTESE, professora Emanuela Pereira (coordenadora da subsede do SINTESE na região do Vale do Cotinguiba) e professora Jucileide Tavares (delgada sindical), afirmou que a prefeitura de Pirambu só pagaria aos professores o salário de janeiro depois do Carnaval.
Curiosamente após reportagem veiculada em rede nacional que falava a decisão do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) em proibir a festa de Carnaval em 53 municípios sergipanos que estavam em atraso com as obrigações salarias do magistério (entre eles consta Pirambu), a posição da prefeitura mudou. Os professores receberam nesta sexta-feira, 5, parte do salário de janeiro, aproximadamente 70%.
Para a delegada sindical e professora do município de Pirambu, Jucileide Tavares, não está correto o prefeito afirmar que honra seus compromissos com os professores, já que há seis meses os professores sofrem com os constantes atrasos de salários.
“A prefeitura atrasa salários, parcelou o salário de dezembro e novamente parcelou o nosso salário de janeiro. Outro grave problema que estamos enfrentando é endividamento de vários professores com o banco, devido a empréstimos consignados. A prefeitura desconta do nosso salário o valor do empréstimo e não faz o repasse ao banco, com isso o banco está acionando os nomes dos professores no serviço de proteção ao crédito e os professores estão ficando com seus nomes sujos na praça. As ações da prefeitura de Pirambu são muito distantes do entendimento do que é honrar um compromisso”, professora Jucileide Tavares.