Professoras e professores de Nossa Senhora do Socorro vão paralisar as atividades por um dia

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Diante da falta de compromisso da gestão municipal e sem direitos respeitados, professoras e professores de Nossa Senhora do Socorro paralisam suas atividades, na próxima terça-feira, 13. Neste dia de luta, a categoria também fará ato em frente à Câmara de Vereadores, às 8h.

Desde o início do ano e também da gestão do novo prefeito do município, Samuel Carvalho, as professoras e professores de Socorro têm buscado a via do diálogo e negociação para que sejam garantidos direitos, que estão sendo negados. Audiências até chegaram a acontecer, não com o prefeito, mas com seu vice, Elmo Paixão, que ao longo de quatro meses de reuniões, como o SINTESE, não apresentou sequer uma proposta concreta à categoria, apensa dizia: “ainda estamos fazendo estudos”.

O prefeito Samuel tem afrontado a Legislação ao não cumprir com o pagamento da atualização do piso salarial das professoras e professores para 2025 e ainda age com desdém ao afirmar publicamente que daria reajuste as professoras e professores de quanto quisesse e se achasse que deveria, em uma demonstração de completo desrespeito não só a Lei, mas também a categoria.

É importante dizer que o piso salarial é garantido a professoras e professores da rede pública de todo Brasil, desde 2008, pela Lei Federal 11.738. A Lei é taxativa ao afirmar que a atualização deve ser concedida anualmente, sempre em janeiro, respeitando a carreira. Para 2025 a atualização do piso salarial, estabelecida pelo Ministério da Educação, é de 6,27%.

Vale destacar também que desde que a Lei do piso salarial do magistério foi sancionada e passou a valer, NENHUM prefeito de Nossa Senhora do Socorro deixou de cumprir com a Legislação. Por isso perguntamos ao prefeito, Samuel: É este é o legado que o senhor quer deixar para sua gestão? Quer ser lembrado como o prefeito que não valoriza a educação e professores?

Além da atualização do piso salarial, está também na pauta de luta das professoras e professores de Socorro a criação de uma gratificação para diretores e coordenadores; melhoria na gratificação do contraturno para professores que trabalham dois turnos e aditivo que garanta o pagamento de piso salarial, 13º salário e férias para os professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS).

“Não queremos mais ouvir que ‘ainda estão fazendo estudos’ precisamos de propostas concretas. O que estamos pedindo não são favores, são direitos, assegurados por Lei. Nenhum gestor tem o poder de agir como se estivesse acima da lei, como se fosse proprietário do município e dizer que fará algo quando e se quiser. Esperamos que o prefeito Samuel tenha a sensibilidade e não queira deixar a sua gestão marcada como o único prefeito de Socorro que desrespeito à Lei e não assegurou a atualização do piso na carreira para os professores. Esperamos também que sejam atendidas as demais pautas, pois todas elas tratam de valorização e um gestor que respeita o povo, que deseja um futuro pleno para crianças e jovens, respeita a educação e valoriza o professor”, enfatiza a diretora do SINTESE e professora da rede municipal de Socorro, Adenilde Dantas.