No discurso de abertura a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo, ressaltou o papel, que Diomedes teve no movimento de resistência. “Diomedes em sua breve permanência entre nós foi um dos protagonistas do movimento de resistência que transformou efetivamente as lutas do Magistério Público de Sergipe e construiu as bases do SINTESE forte, classista, autônomo”.
A presidenta fez um balanço das lutas dos professores nos últimos dois anos e também apontou que a Secretaria de Estado da Educação insiste em não adotar uma política permanente de manutenção e reforma das escolas e a inexistência de uma política de formação continuada para os professores.
A imposição de pacotes instrucionais que negam o projeto político pedagógico da escola destruindo a sua autonomia e que têm como conseqüência a uma geração inteira de analfabetos funcionais. “Infelizmente Sergipe está indo na contra-mão da política do livro didático para todos os professores que lutamos bravamente para conseguir”, disse Ângela.
Luta pelo PSPN
A luta histórica dos professores pela revisão do piso que se concretiza na decisão do STF no dia 06 de abril onde o piso é vencimento inicial e o embate dos professores pelo efetivo cumprimento do piso pelos gestores públicos também foi lembrada no discurso de abertura da X Conferência.
Avaliação de desempenho
Hoje na rede estadual paira uma ameaça da aplicação de uma avaliação desempenho totalmente desconectada da legislação educacional e que só tem como objetivo punir e assediar professores, alunos e equipe diretiva, mas os professores são contra a esse processo. “Não temos medo de sermos avaliados, mas a avaliação que queremos é do sistema e que siga os preceitos da legislação educacional”, apontou a presidente.
O SINTESE reafirma a Educação como fator de inclusão social. Uma Educação que respeita os direitos de todos cidadãos independentes de sua condição de raça, gênero, credo religioso e orientação sexual.
“Nossa luta é por uma escola pública de qualidade social para os filhos e filhas dos trabalhadores e isso somente acontecerá com mais investimentos em Educação pública, assim o Brasil deve garantir, pelo menos, 10% do seu PIB para essa área”, finalizou a presidenta.