Documentário sobre José Calasans será exibido na Academia Sergipana de Letras dia 28

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A trajetória do professor, historiador e folclorista José Calasans é retratada no documentário José Calasans: tradutor do sertão, do cineasta Carlos Pronzato. O filme será exibido no dia 28 de novembro, segunda feira, às 16h na Academia Sergipana de Letras localizada à rua Pacatuba, 288, Centro.

Através de depoimentos de pesquisadores da Guerra de Canudos e estudiosos ligados ao campo mais vasto de estudos do mestre, o documentário reconstrói a vida de José Calasans Brandão da Silva (1915-2001), nascido em Aracajú e residente na Bahia, historiador que se tornou referência nacional e internacional nos estudos do universo sertanejo.

José Calasans se tornou um dos mais acreditados intérpretes da saga de Antonio Conselheiro em Canudos, construindo a maior e mais citada bibliografia sobre o assunto.

Para o filme, foram entrevistados historiadores como Manoel Neto, do CCCE / UNEB, Luiz Henrique Dias Tavares, ex-professor da UFBa, Consuelo Pondé de Sena, presidente do IGHB, Consuelo Novais Sampaio, diretora do Centro de Memória da Bahia da Fundação Pedro Calmon; os escritores Walnice Nogueira Galvão, professora da USP e Luiz Antônio Barreto, presidente do Instituto Tobias Barreto; familiares como Madalena Calasans, sua filha; os pesquisadores Dionísio Nóbrega e Jackson da Silva Lima, também folclorista, dentre outros.

A relação do diretor com o tema vem desde 1993, quando Pronzato dirigiu a peça “Epopeia de Canudos” (Marielson de Carvalho) patrocinada pela Uneb e apresentada em Canudos por ocasião do centenário da chegada de Antonio Conselheiro à região (em 1994 ganhou o premio de melhor direção no Primeiro Fest Teatro de Ilhéus). Em 2001, o diretor lançou o curta de ficção “Canudos numa longa curva” e o livro de poesias “Canudos não se rendeu”, com 50 poemas sobre a Guerra de Canudos (Editora da Uneb). Em 2010 foi a vez do documentário “A Bahia de Euclides da Cunha” (Prêmio destaque cineasta do ano pela Academia de Cultura da Bahia) e lançado no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador e na Academia Brasileira de Letras no Rio de Janeiro.

O filme foi apresentado em caráter de pré-estréia no Seminário José Calasans, organizado pela UNEB em agosto deste ano, em Salvador (Museu Eugênio Teixeira Leal) e Canudos (Memorial Antônio Conselheiro) e participou em Sessão Especial da XXXVIII Jornada Internacional de Cinema da Bahia.

No dia 05 de outubro aconteceu o lançamento em Salvador no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) e no dia 14 de outubro o lançamento em Aracaju na Biblioteca Epifânio Dória. Depois foi apresentado no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, no curso de História da UNIT e na Escola Tobias Barreto.

Sobre o diretor:

Carlos Pronzato é diretor teatral, escritor e cineasta / documentarista. Tem se dedicado a retratar nos seus mais recentes filmes os atuais conflitos sócio-políticos latinoamericanos, além de se debruçar sobre aspectos históricos fundamentais do continente. São alguns de seus filmes: “Carabina M2, uma arma americana”, “Che na Bolívia”, “Buscando a Salvador Allende”, “Madres de Plaza de Mayo, memória, verdade, justiça”, dentre outros realizados no Brasil e no exterior, sobre o mundo operário, causas ambientalistas, indígenas, sobre sem-tetos, sem-terras, movimento estudantil, etc.

Também faz parte de seus livros publicados, “Canudos não se rendeu”, “Poesias contra o Império”, “Che, um poema guerrilheiro”, “Poemas sem Terra”, “Jorge Amado no elevador e outros contos da Bahia”.

Seus trabalhos mais recentes foram “Carlos Calica Ferrer, a última viagem de Ernesto Guevara pela América latina” e “Comédia Negra de Buenos Aires, teatro afro-argentino”.

Neste momento prepara seu mais novo documentário com estrwia nacional em dezembro:

“Carlos Marighella, quem samba fica, quem não samba vai embora”: http://marighella100anos.wordpress.com/