Até o dia 28 de março, o Festival de Teatro Sergipano apresentará comédias de costumes, homenagens aos ritmos folclóricos (Reisado, São Gonçalo, boi-bumbá, etc), fábulas infantis, drama, a magia do circo com seus palhaços, textos filosóficos, poéticos, mamulengos, fatores históricos internacionais, cultura popular, elitista, discussão de temas sérios como exploração sexual, imposições familiares, e questões éticas e políticas, entre outras opções.
Numa realização do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), evento tem o Banese Card como grande patrocinador além da empresa de telefonia Oi. O Detran/SE, o Gbarbosa, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Fundação Aperipê e Funarte são apoiadores culturais que entendem a grandiosidade do evento.
“Vamos apresentar uma variada lista de peças e espetáculos. O Festival foi desenhado para que nenhum estilo teatral ficasse de fora. Pensado de forma coletiva, este evento já pode ser considerado marcante para as artes cênicas de Sergipe, pois nossa preocupação foi justamente expandir as ações para além de meras apresentações de peças. O público poderá conferir também discussões e palestras abordando temas ligados ao mote do evento. Certamente, teremos um momento muito especial para todo o núcleo teatral sergipano, trazendo também consequências diretas para repensar as futuras ações em prol dessa arte tão singular para nosso povo”, disse a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino.
Inúmeras opções
Durante o evento, o público poderá conferir, por exemplo, a peça sergipana mais montada até hoje, sendo revisitada desde a década de 80. “Uma vez, o amor” mostrará a relação entre duas pessoas, culturalmente diferentes, mas que na essência possuem laços estreitos. Adaptações literárias, como o conto “Corpo Fechado”, de João Guimarães Rosa, que foi adaptado e transformado numa peça de rua bem popular, e uma versão baseada em cordel da peça “A Megera Domada” de Shakespeare também farão parte da lista de opções.
Em “Dois poetas e um divã”, Freud, Shakespeare e Araripe Coutinho encontram suas vozes na interpretação solitária do ator, Ivo Adnil, que transformará o monólogo num dos espetáculos mais requisitados pelo público. Já no também monólogo “Discurso da pura razão”, o ator Cícero Vieira leva o público ao pensamento do que vem a ser a arte em si.
Mesmo num palco intimista, para um público reduzido, a apresentação do Grupo Imbuaça, com sua “A Grade Serpente”, certamente dará um tom sério ao Festival. Na história, o conflito entre passado e presente dará margem a uma interpretação baseada na crendice do bem contra o mal, trazendo consequências desastrosas para toda uma cidade.
Segundo o diretor do Teatro Lourival Baptista, Raimundo Venâncio, que participa da organização do evento, o programa de peças foi meticulosamente pensado para agradar todos os públicos. “A diversidade foi proposital. Nossa discussão começou desde dezembro de 2010 e seguimos critérios para abarcar as grandes companhias, com sua diversidade de estilo. Vamos da comédia ao drama, de textos antigos aos mais novos, sempre prezando pela qualidade dos espetáculos que serão exibidos”, frisou.
O Festival de Teatro Sergipano ainda abre espaço em sua vasta programação para três shows musicais com as Tânia Maria, Elvis Boamorte e os Boavidas e A Banda dos Corações Partidos.
Troca de ingressos
O acesso aos espetáculos será totalmente gratuito, mas caso deseje, a pessoa poderá levar um quilo de alimento e contribuir com a campanha da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, “Sergipe Solidário”. Cada espectador terá direito a dois ingressos, sendo que os mesmos serão liberados no dia da peça. Durante o evento, as bilheterias dos teatros estarão abertas para que o público possa pegar as entradas.
Este processo será válido para as peças dos teatros Lourival Batista e Tobias Barreto, e da Casa Rua da Cultura. A bilheteria do Tobias Barreto funcionará do meio-dia até a hora do espetáculo; a do Lourival Batista abrirá às 14h e também recebe o público até o início da peça. O número de ingressos disponível respeita a capacidade de público das duas unidades e nos espetáculos apresentados na Praça Fausto Cardoso e Mirante da 13 de Julho, não há necessidade de ingressos.
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