Nota de Solidariedade à profa. Ivônia Aparecida dirigente do SINTESE

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Profa. Ivônia Ferreira

NOTA DE SOLIDARIEDADE À PROFESSORA IVONIA APARECIDA DIRIGENTE DO SINTESE NA REGIÃO SUL

 

Profa. Ivônia Ferreira

Desde que o Magistério Público Municipal de Estância (SE) entrou em greve por conta do atraso salarial e da falta de condições de trabalho, a professora Ivônia Aparecida Ferreira, Coordenadora Geral da Sub-Sede Regional Sul do SINTESE tem sido atacada nos programas das rádios locais e nas redes sociais por pessoas ligadas a diversos grupos políticos, pela assessoria de comunicação da administração municipal e infelizmente pelo próprio Prefeito Carlos Magno.

Os ataques têm se intensificado e ultrapassado os limites do debate democrático, a ponto de uma determinada pessoa ligar para a Rádio Mar Azul FM, durante entrevista da professora Ivônia Aparecida, e intervir no debate para afirmar que “certas mulheres merecem ser assassinadas mesmo”. Entendemos que essa declaração infame significa apologia ao crime, incitação à violência contra as mulheres e uma ameaça aberta contra a integridade da vida da professora Ivonia Aparecida Ferreira.

A Diretoria Executiva do SINTESE avalia que os ataques dirigidos contra a professora Ivônia Aparecida Ferreira expressam ódio contra as lutas dos professores, das professoras e demais servidores municipais, mas também significam a força vigente dos preconceitos contra às mulheres que ousam lutar por justiça social, contra a exploração, em defesa dos direitos dos trabalhadores e para que possamos vir à ter escolas de qualidade para os filhos é filhas do povo.

O SINTESE vêm promovendo o exercício do controle social das contas públicas, base fundamental para à transparência e a consolidação da democracia em nossa sociedade. Assim sendo, os dirigentes e militantes do SINTESE em todos os municípios de Sergipe, inclusive em Estância, vão continuar promovendo estudos sobre gestão dos orçamentos públicos e auditoria nas prestações de contas. O debate sobre as irregularidades e ilegalidades que estão sendo identificados vai continuar sendo feito pela professora Ivônia Aparecida Ferreira e por todos os dirigentes do SINTESE em todos os municípios de Sergipe.

Está muito claro que a avalanche de ataques contra a professora Ivônia Aparecida Ferreira e o SINTESE vieram à tona depois da greve do Magistério Público Municipal para cobrar o pagamento dos salários atrasados e por melhores condições de trabalho nas escolas para que sejam desenvolvidas atividades pedagógicas que assegurem qualidade de ensino. Dentre outras coisas, esses ataques infames visam tirar o foco da população sobre os gravíssimos problemas educacionais de Estância e da pauta de reivindicações dos(as) educadores(as).

O jornal SINTESE INFORMA, distribuído pelo sindicato para a população de Estância, que tratou sobre às finanças públicas da municipalidade, ficou evidenciado por “a mais b” que esse discurso de crise econômica vem sendo manipulado pela mídia e administradores públicos, constatou-se que houve o crescimento nas receitas de Estância, fato que contradiz o discurso questionável de “crise”, propalado pela equipe de gestores do prefeito Carlos Magno.

O prefeito Carlos Magno, precisa compreender que o IDEB de Estância apenas reflete o fracasso histórico da gestão da Secretaria Municipal de Educação, que tem se revelado incapaz de dar suporte pedagógico às escolas municipais, inexistência de um programa de formação continuada dos(as) professores(as), insuficiência de materiais pedagógicas, o sucateamento dos prédios escolares e a falta de transparência na aplicação dos recursos destinados à educação. Atacar e intimidar a professora Ivônia Aparecida ou qualquer outro dirigente do SINTESE traduz apenas que não existe vontade políticas para se resolver os verdadeiros problemas educacionais de Estância.

A Diretoria Executiva do SINTESE aproveita para informar que a administração municipal de Estância ainda não pagou o retroativo do Piso salarial referende ao ano de 2012, deve duas parcelas do retroativo de 2015, não pagou o aficional do terço de férias e os salários mensalmente estão sendo pagos com atraso.

Reafirmamos que a professora Ivônia Aparecida têm toda a sua vida dedicada à luta da classe trabalhadora e pela promoção da defesa do ensino qualidade nas escolas públicas.

Por fim, a professora Ivonia Aparecida conta com a nossa irrestrita solidariedade – e admiração – porque conhecemos o seu caráter e firmeza ideológica.

Aracaju (SE), 20 de novembro de 2015

Direção Executiva do SINTESE