Por democracia e mais direitos, milhares de militantes ocupam ruas de Aracaju

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Mais de 7 mil militantes sociais ocuparam as ruas de Aracaju, na tarde desta quinta-feira, 20 de agosto, por uma nova política econômica, mais direitos e em defesa da democracia. ‘Nem Levy, nem Cunha, nem Renan!’, eram os dizeres de um dos panfletos distribuídos durante o ato, que ganhou eco em vários outros cartazes levados por estudantes, juventude, militantes sociais e dirigentes sindicais ao longo da marcha.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Rubens Marques cobrou diretamente a mudança da política econômica do Governo Federal. “Quem tem que pagar o preço do ajuste fiscal é esta elite predadora que nunca pagou impostos. Chega. É hora de mudar. A classe trabalhadora está sinalizando que não quer golpe e quer a manutenção da democracia, mas com a mesma força dizemos a Dilma que não dá pra bancar este ajuste fiscal que atingiu os mais pobres, sabemos que a luta não vai acabar por aqui”.

Sobre a onda de retrocesso conservador, a militante social do Coletivo Contra-correntes, estudante secundarista Larissa Alves puxou um canto contra a redução da maioridade penal. “Mas não vai ter golpe mesmo… Os estudantes, a juventude, os trabalhadores estão tomando as ruas na luta por mais democracia, por mais educação, contra a redução da maioridade penal, contra o financiamento privado de campanha, pela reforma agrária e urbana, por moradia social, por mais participação na política. Ninguém aqui quer menos, nós queremos mais. Por isso cantamos juntos: “Não, não, não à redução!”.

A professora, ex-dirigente da CUT/SE e deputada estadual Ana Lúcia (PT) também participou da manifestação junto a vários políticos de esquerda. “Este modelo econômico não ajuda a consolidar as políticas positivas do Governo da companheira Dilma, por isso nós precisamos ocupar as ruas para que ela nos escute e perceba que estes trabalhadores que enchem as ruas são os mesmos que estavam no segundo turno disputando com essa direita perversa que só pensa em escravizar o povo brasileiro e acha que ainda pode escravizá-lo”.

O vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi, reforçou a importância de mais investimento para a educação e cobrou do governador Jackson Barreto o pagamento do Piso Nacional do Magistério. “A pauta da classe trabalhadora é clara. Nós passamos agora pela porta da Procuradoria Geral do Estado e perguntamos: onde anda a transparência deste Estado? O Governo criou o ‘portal da transparência’, mas de portal não tem nada. Ninguém consegue saber qual é a Folha de Pagamento do estado de Sergipe. Nosso recado para as elites golpistas é claro: a classe trabalhadora não dorme e nunca dormiu. Não sairemos das ruas até nossas pautas serem atendidas”.