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Milhares de professores das escolas públicas brasileiras participaram nesta sexta-feira, dia 24, de uma greve nacional de 24 horas para pressionar os Estados e Municípios a cumprirem a lei que criou o piso salarial nacional de R$ 950,00. Convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os professores também pressionam o Supremo Tribunal Federal para publicar o acórdão do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade proposta por cinco governadores.
Um balanço parcial da CNTE, indicou adesão em pelo menos 12 Estados. Em Brasília, onde os professores estão em greve desde o último dia 7, mais de cinco mil docentes se reuniram, ao lado da Catedral Metropolitana de Brasília (DF). Segundo a Agência Brasil, oito mil professores compareceram ao protesto. De acordo com a agência de notícias do governo federal, a greve tem adesão de 60% dos profissionais.
No Mato Grosso do Sul, a CNTE diz que 80% das escolas municipais e estaduais aderiram ao movimento.
Em Goiás, a estimativa é de que 60% dos professores municipais e 80% dos estaduais tenham paralisado.
No Paraná, 90% trabalhadores cruzaram os braços.
No Ceará, a adesão foi de 100% das escolas municipais e 70% entre os professores do Estado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Estadual (SINTE), em Santa Catarina, todas as escolas estaduais não tiveram aulas.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) organizou uma reunião dos professores no pátio da Assembleia Legislativa.
Professores da rede municipal de ensino de Recife se reuniram no pátio da prefeitura para reivindicar a implementação do piso salarial.
No Pará, onde os professores ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado, houve uma assembléia em frente ao Palácio dos Despachos. A categoria não aceitou a proposta de reajuste, “que representa um nivelamento de 100% dos trabalhadores em educação, independente do nível de escolaridade, ao salário mínimo”. O sindicato local está convocando os professores para uma paralisação no dia 6 de maio.
No Rio Grande do Sul, a presidente do CPERS/Sindicato, Rejane de Oliveira, disse que 80% da categoria parou nesta sexta-feira. “Os trabalhadores da educação não vão se submeter à política de intimidação do governo. Vamos preparar a categoria para a realização de uma grande assembleia geral no próximo dia 30”, disse.
Em Sergipe, professores da rede estadual e das redes municipais queimaram cópias dos contracheques no ato público realizado pelo Síntese. “Os professores vieram para as ruas mostrar a indignação contra os gestores que não pagam o piso, incluindo o governo de Sergipe, pois 96% dos educadores da rede estadual não viram em seus contracheques o cumprimento da lei do piso”, disse o presidente do sinticato, Joel Almeida.
Em Rondônia, os professores convocados pelo Sintero realizaram uma manifestação em Porto Velho e uma passeata pela BR 364. O movimento se repetiu em Ji-Paraná e em Vilhena. A presidente do Sintero, Claudir Mata, disse que os trabalhadores em educação estão revoltados e vão continuar fazendo manifestações. “Se o governo não nos ouve, a sociedade nos ouvirá e tomará conhecimento de tudo o que esse governo está fazendo contra a educação”, disse.
A greve de 24 horas foi notícia também em portais de grande imprensa. Segundo o site G1, das organizações Globo, no Recife, escolas públicas amanheceram fechadas e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco informou a adesão ao movimento de escolas estaduais e municipais.
Já a edição on line da Folha de S. Paulo informa que a Apeoesp (sindicato dos professores da rede de São Paulo) afirmou que aderiu a paralisação, mas não havia feito um balanço de quantas escolas ficaram sem aulas. A Secretaria Estadual de Educação informou ao site do jornal que não iria se pronunciar sobre a grave e a Secretaria Municipal disse que as escolas municipais de São Paulo não aderiram a paralisação.