Na manhã desta segunda-feira, 05, os professores da Escola Estadual Olavo Bilac paralisaram as aulas. O motivo é total falta de estrutura para o desenvolvimento das atividades escolares. A escola localizada no bairro Santos Dumont tem, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Educação, 2.486 alunos.
Veja o Relatório sobre a situação dessa escola
Com as chuvas ocorridas no feriado diversas salas estavam alagadas, os banheiros dos alunos estão em péssima condição de conservação. O mato toma conta dos espaços livres da escola.
“Está muito difícil trabalhar aqui além da péssima condição estrutural, estamos na sétima semana de aula e ainda não temos calendário de aulas e provas. Nenhum livro foi entregue aos alunos. Esta situação é insustentável”, disse a professora Kátia Valmon.
O diretor de Comunicação do SINTESE, Roberto Silva dos Santos esteve na escola e conversou com os professores. “A postura deles em denunciar o fato está correta e infelizmente, foi preciso uma atitude drástica, que foi a paralisação”, disse.
Quase 30 dias e nada
O sindicato no dia 08 de março visitou a escola e constatou as péssimas condições da estrutura física. A entidade enviou ofício (com relatório fotográfico) ao Ministério Público Estadual e a Vigilância Sanitária, solicitando a intervenção dos dois órgãos para que a Secretaria de Estado da Educação tomasse uma providência imediata.
Praticamente um mês após o ofício, nada foi feito, nem pela Secretaria de Estado da Educação nem pelos órgãos. Após o sindicato dar publicidade a paralisação dos professores e também a falta de ação da Vigilância Sanitária, no momento em que os educadores mostraram as condições da escola, dois técnicos do órgão fizeram uma vistoria no local.
A falta de segurança também é uma reclamação constante não só dos professores, mas também dos alunos e dos pais. Uma mãe de aluno que, por medo de represália, não quis se identificar disse que traz a filha para escola, mas tem medo. “Eu trago minha filha ao colégio porque sei que a Educação dela é importante, mas tenho muito medo, aqui não é seguro para ela”, disse.