“Quem não respeita trabalhador, não elege sucessor”, entoaram professores e professoras, pelo Calçadão da João Pessoa, no Centro de Aracaju, nesta quarta-feira, dia 11, no segundo dia de paralisação da rede estadual de ensino.
A frase dita a plenos pulmões relembra a Belivado Chagas e a 14 deputados e deputadas estaduais, que professores e professoras da estadual de ensino não esqueceram e não vão esquecer de todos e todas que contribuíram para a destruição da carreira do magistério de Sergipe.
Cartazes foram espalhados pelo Centro da cidade, nominando cada um dos deputados e deputadas que massacram a carreira dos professores. Também foram distribuídos entre a população panfletos apontando o descaso de Belivaldo Chagas para com a educação do estado.
A ideia da mobilização deste segundo dia de paralisação dos professores e professoras da rede estadual foi dialogar com a população, mostrando que o abandono da educação por parte do Governo do Estado vai para além da desvalorização e do desrespeito aos direitos dos professores e professoras, e atinge também diretamente a sociedade, sobretudo os filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras que estão matriculados nas escolas da rede estadual de ensino.
“Belivaldo não desrespeita apenas professores e professoras, nos massacrando, jogado uma pá de cal em nossa carreira. Seu governo é marcado pelo desrespeito a escola pública como um todo. São unidades de ensino sucateadas, alimentação de má qualidade para nossos estudantes, falta de professores, transporte escolar precário. A rede estadual de ensino enfrenta o caos e o abandono. E que paga a conta por tudo isso é o futuro das nossas crianças e jovens”, aponta a vice-presidenta do SINTESE, professora Ivônia Ferreira.
Maldades contra o magistério
De uma só vez Belivaldo e 14 deputados e deputadas estudais conseguiram, a partir da aprovação de Leis, jogar uma pá de cal na carreira do magistério. Desde a aprovação de tais Leis pela Assembleia Legislativa, no dia 22 de março de 2022, professores e professoras tiveram o direito a Regência de Classe incorporados; sofreram o congelamento dos valores do triênio; foi também congelada a gratificação de professores e professoras que trabalham no tempo integral e, para completar, o governo igualou o salário de todos que estão em atividade.
Não satisfeito em seguir por dois anos confiscando 14% dos salários das aposentadas, Belivaldo ainda, dentro do seu “pacotão de maldades” de 2022, acaba com a paridade entre ativos e aposentados.
“Professores e professoras da ativa tendo direitos, conquistados com muita luta, retirados. Professoras aposentadas vendo mês após mês, nos últimos 2 anos, Belivaldo confiscar uma média de 800 reais de suas aposentadorias. O cenário é devastador. Mas nós, professores e professoras, não vamos nos retirar da luta, vamos incomodar, vamos expor para a população toda a mentira contada por Belivado de que está valorizando o magistério, quando na verdade ele está massacrando esta categoria. Vamos seguir repetindo ‘Xô, Belivado’ e leve com você toda a sua corja. Não esquecemos e não vamos permitir que a população esqueça”, afirma a vice-presidenta do SINTESE.
Vai ter luta
E a luta continua. No terceiro dia de paralisação dos professores e professoras, nesta quinta-feira, dia 12, a mobilização mais uma vez será nas ruas da cidade. Professores e professoras vão fazer um “pedágio por direitos” em Aracaju. A atividade será dividida em dois momentos: o primeiro será no semáforo em frente ao HUSE, às 6h e o segundo às 17h no cruzamento das avenidas Nova Saneamento e Augusto Franco.
Vai ter luta também no interior do nosso estado nesta quinta-feira. As subsedes do SINTESE organizam atos contra as Leis da degola e contra o confisco de 14% dos aposentados. Veja a agenda:
Atos no dia 12 de maio
– Estância: 16:30, na praça Barão do Rio Branco
-Propriá: 8h, na freira (no Centro da cidade)
– Neópolis: 8h, no Trevo
-Lagarto: 8h, Praça Silvio Romero (próximo ao Gbarbosa)
– Itabaiana: 07:30, em frente aos Correios
-Nossa Senhora da Glória: 8h, na Praça do Quiosques