Professores do Jackson de Figueiredo realizam estudo sobre avaliação de desempenho

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No último sábado, dia 30, os professores do Colégio Estadual Jackson de Figueiredo realizaram estudo sobre o Índice Guia da Avaliação de Desempenho. Ao mesmo tempo o estudo aconteceu no município de Capela e reuniu professores dos municípios de Japaratuba, Carmópolis, Rosário do Catete; Santo Amaro, Pirambu e Maruim.

A direção do SINTESE está realizando os debates nas escolas de Aracaju e nos municípios a partir das demandas apresentadas pelos professores. “Portanto, cabe aos professores dialogarem com seus colegas de trabalho e entrarem em contato com a direção para agendar as discussões de mais um “pacote” que o Governo quer impor na rede estadual.

Para a vice-presidenta do SINTESE, Lúcia Barroso, a resistência dos professores nas escolas em não aceitar em modelo imposto é crucial para sermos vitoriosos nessa luta de resistência a esse modelo de avaliação preconceituoso, excludente e punitivo.

Já foram realizados estudos nos municípios de Tobias Barreto, Ribeirópolis, Estância, Itabaiana, Neópolis. Em Aracaju já aconteceram reuniões nas escolas estaduais Gonçalo Rollemberg, Djenal de Queiroz e outras reuniões já estão marcadas no Dom Luciano. No dia 04 de agosto em Lagarto, professores de Riachão do Dantas, Pedrinhas, Boquim, Salgado, Tobias Barreto, Poço Verde e Simão Dias fazem o estudo.

Escola descolada da realidade

Pelo índice guia a escola é considerada como uma “variável independente”, como se a Secretaria de Estado da Educação ou o Governo do Estado não existissem. A responsabilidade pelos processos de ensino e aprendizagem, formação dos profissionais e das políticas educacionais é da escola, dos professores, alunos, servidores e equipe diretiva, há uma flagrante transferência de responsabilidade.

Classificação de alunos e professores

Alunos avançados, alunos insuficientes e a direção da escola será obrigada a colocar no mural da escola a lista dos alunos avançados e alunos insuficientes. Inclusive vai de encontro ao Estatuto da Criança e Adolescente é crime. A classificação também está prevista para os professores entre os de excelência e os insuficientes.

Privatização das escolas

Não importa se a escola não tenha estrutura, funcionários, mas as metas devem ser cumpridas. Mesmo com a “escassez de meios” a “eficiência na gestão” é o norte, para isso a escola deve manter uma “rede de parcerias de cooperação com a instituição”. Na visão dos professores o Governo não quer mais assumir a manutenção das escolas e isso é um passo para a privatização das escolas públicas.

Indignação

Em todos os estudos realizados a indignação toma conta de cada professor com o aprofundamento dos debates. “Por esse modelo, a atual estrutura das escolas e nossas condições de trabalho são totalmente desconsideradas. Esse modelo é inexeqüível”, disse Maria José Alves Ribeiro Santos, professora do Colégio Estadual Jackson de Figueiredo.

“Vamos lutar para que esse modelo não seja aplicado, é preciso que o sistema educacional seja avaliado, a condição de nossas escolas seja avaliada e não somente nós, os alunos e equipe diretiva. E o Governo do Estado não deve ser avaliado também”, questiona o professor José Alberto do Nascimento.