A presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo e a diretora do Departamento de Base Estadual, Ubaldina Fonseca Santana Moreira participaram de audiência pública sobre a Escola Amélia Leite que funciona em regime de comodato na casa maternal de mesmo nome.
Por divergências administrativas por parte da Sociedade Protetora e a Secretaria de Estado da Educação – SEED o funcionamento da escola está em risco.
Informações relatadas na visita do diretor do Departamento de Base Estadual, Roberto Silva Santos, a escola dão conta que atividades como limpeza da escola e preparo de merenda são feitas pelos educadores e mães de alunos, a dispensa improvisada onde são guardados os alimentos está quase vazia. Uma ‘cotinha’ feita pelos professores era que garantia o pagamento da faxineira.
A escola deixou de receber os repasses de recursos para garantir uma estrutura mínima de funcionamento, deixando de dispor, por exemplo, de funcionários de serviços gerais – mesmo estando cadastrada na rede e “recebendo” verbas do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
A SEED apresentou dados de que caso não haja um consenso os alunos poderiam ser alocados em outros estabelecimentos de ensino.
Em pesquisa feita pelo sindicato constatou-se que as escolas da região não oferecem a mesma modalidade de ensino do Amélia Leite e também não têm condições de receber novos alunos.
No externato São Francisco de Assis o ensino é em horário integral para crianças de três a seis anos, mas o Estado não é responsável por essa modalidade. Já no Instituto Educacional Santa Terezinha de Jesus, os alunos estudam em um horário e fazem oficinas no turno contrário.
Durante a audiência a professora Ângela ponderou que o fechamento da escola seria prejudicial não só para as crianças que perderiam um referencial, mas também para as mães. Os alunos moram nos bairros Suissa, América, Getúlio Vargas e também em Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros.
“Boa parte dos alunos da Amélia Leite, apesar de morar em outros bairros estão aqui porque suas mães trabalham nas redondezas e precisam de uma escola de tempo integral. Se o estabelecimento deixar de funcionar cria-se um problema econômico e social”, apontou.
Para o sindicato é de vital importância que o regime de comodato seja renovado para que as crianças não sejam prejudicadas ou que a Secretaria de Estado da Educação alugue o prédio.
Uma reunião entre representantes da Casa Maternal e Secretaria de Estado da Educação foi marcada para o próximo dia 11, o SINTESE também estará presente.