Neste segundo dia de paralisação, quinta-feira, 26, professores e professoras de Poço Redondo decidiram ocupar o prédio da prefeitura municipal até às 14h de amanhã (sexta-feira, 27). O objeto é pressionar pela reabertura do processo de negociação para atualização do Piso Salarial de 2022.
Antes de desocupar o prédio, na tarde da sexta-feira, a categoria se reunirá em assembleia para decidir os rumos da luta.
A prefeita Aline Vasconcelos insiste em uma proposta rebaixada com relação a atualização do piso e mantém fechado o canal de diálogo com a comissão de negociação e dirigentes do SINTESE.
A proposta feita pela a gestão municipal Poço Redondo é de atualizar o piso salarial do magistério em apenas 10%, sendo que o percentual estabelecido por Lei para o ano de 2022 é de 33,24%.
Para o professor Francisco Oliveira, membro da coordenação do SINTESE na região do Alto Sertão, é lamentável que a gestão da prefeita Aline Vasconcelos siga descumprindo a Lei e desrespeitando o direito dos professores e professoras.
“O município de Poço Redondo sempre cumpriu o estabelecido por Lei, e anualmente entre janeiro e fevereiro, atualizava o piso salarial dos professores e professoras da rede municipal de ensino. Infelizmente, agora em 2022, nos deparamos com um bloqueio por parte da prefeitura, a princípio para nos responder como e de que forma seria feito o pagamento da atualização do piso e agora insistindo em uma proposta rebaixada e descabida. O SINTESE sempre esteve aqui, disposto e aberto ao diálogo e negociação. Mas também estamos sempre dispostos a lutar por nossos direitos e vamos seguir lutando até que a prefeita Aline sente para negociar com a categoria”, coloca.
Assegurar a atualização do piso salarial para professores e professoras não é uma benevolência ou benfeitoria por parte de prefeitos e prefeitas, o piso é Lei e a Lei deve ser cumprida.
Estabelecida desde 2008, a Lei Federal 11.738, regulamenta o pagamento do piso salarial para professores e professoras da rede pública de todo o Brasil. A Lei coloca que a atualização do piso deve ser garantida anualmente, sempre em janeiro e respeitando os dispositivos que compõem a carreira de professores e professoras.