Ana Lúcia segue Via Crucis de professores de Neópolis e pede apoio de vereadores

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Distribuídos em fileiras, com velas e cruzes na mão, os professores do município sergipano de Neópolis realizaram na noite da última quinta-feira, 4, a partir das 20h30, a Via Crucis da Educação – um ato público cobrando melhorias no sistema de educação no município. A deputada Ana Lúcia participou do ato que seguiu pela ruas da cidade e entrou na Câmara Municipal de Vereadores, onde estava havendo sessão plenária. Lá Ana foi convidada para falar na tribuna da Casa Legislativa, e aproveitou a oportunidade para fazer um apelo aos vereadores presentes, pedindo-lhes que se solidarizem com a causa da educação no município.

A deputada participou da Via Crucis e conversou com professores e população em frente da Câmara de Vereadores. “O que o prefeito está fazendo aqui em Neópolis é um descumprimento à Legislação de Ensino, à Constituição Federal e à Constituição Estadual, então a partir da noite de hoje, quando os professores saíram às ruas da cidade com cruzes mostrando os problemas da educação no município, a gente espera que a população não só entenda, mas seja solidária, se mobilize também, principalmente os pais de alunos, para que o prefeito aplique corretamente o recurso da educação. Este recurso precisa dar retorno à população a partir da consolidação de uma escola de qualidade, que não seja só capaz de tornar a criança alfabetizada, mas, além disso, de fazer com que ela perceba o mundo em que ela vive, e seja capaz de criar e recriar esta realidade”, discursou Ana Lúcia para a população de Neópolis.

 

VIA CRUCIS

O professor de História Alberto Santos explicou que a comissão de negociação do Sintese e o secretário de Finanças do município já tinham fechado um acordo para o pagamento do Piso. No entanto, o prefeito Marcelo Guedes nem enviou o projeto de reajuste do Piso para a Câmara Municipal, nem se pronunciou mais sobre o assunto. O encerramento do diálogo fez com que os professores decidissem entrar em greve na próxima segunda-feira, 8.

 

A professora Jociene Matilde, que integra a Comissão de Negociação da Base Municipal, denunciou durante o ato que existem irregularidades na folha de pagamento de professores municipais, pois nela está registrado o uso de recurso do Fundeb para pagar professores que não estão em sala de aula.

 

Jociene também cobra ‘Gestão Democrática’ em Neópolis. A professora lembra que em 2009 o prefeito interino, Felipe Barreto, chegou a enviar o projeto de Gestão Democrática para a Câmara de Vereadores da cidade. Mas o atual prefeito, Marcelo Guedes, retirou o projeto da Câmara de Vereadores para conhecer melhor a proposta, e nunca mais voltou a enviá-la. “Precisamos discutir democracia na gestão das escolas. Entre os diretores indicados há os que não são do quadro da escola e ainda existem diretores que não são nem professores. Assim essa direção não dialoga com a comunidade escolar. Os diretores se tornam executores de tudo que é determinado pela administração”, criticou a professora.