Em caminhada, os professores denunciaram o descaso com a educação por parte da administração municipal. São inúmeros problemas: não há piso integralizado, as escolas apresentam péssimas estruturas, falta merenda escolar.
Esse quadro precisa ser revertido e há um sinal de que todos compreendem isso, exceto o prefeito Marcelo Guedes. Da população que acompanhava a marcha com acenos e palmas às mães e aos pais de alunos que engrossaram as fileiras o sentimento era de mudança. “Como mãe eu quero o melhor para os meus filhos. A prefeitura não cumpre com as responsabilidades dela, então é preciso questionar”, afirmou Icherle Messias Santos, sobre o apoio ao movimento grevista do magistério.
A greve avança para sua terceira semana e o professorado segue firme na luta. A solidariedade dos companheiros que vieram dos povoados Tenório, Pindoba, Alto Santo Antônio, de Aquidabã e da capital sergipana também é elemento revigorante.
Na finalização do ato o estudante da Escola Municipal Caldas Junior, Luan Amorim (18), que integra o Grêmio Estudandil, provocou: como querem que os alunos passem no vestibular, tenham bom rendimento, tenham resultados positivos no Enem, se não investem em educação?
O ato mostrou a força da categoria e serviu de alerta. O recado foi dado, “Os pais e as mães querem deixar seus filhos bem educados. E o futuro do povo de Neópolis também depende do magistério. Queremos o bem e lutamos pelo direito à educação”, enfatizou Joel Almeida (diretor do departamento de comunicação do Sintese).