A tragédia na carreira dos professores anunciada pelo governador Marcelo Déda (PT) já atraiu
novos adeptos. A moda de péssimo tom que consiste em parcelamento do reajuste salarial do piso chega a Laranjeiras.
Mauro, Ceiça, Carmem, Brasilina e o presidente da câmara, Luciano, foram os vereadores responsáveis pela concretização da proposta de Maria Ione Macedo (PTB), prefeita da cidade, que foi aprovada com 4 votos em contrário.
Prefeitura e Câmara, além de atropelarem a Lei Federal 11. 738/2008, agiram com desrespeito ao artigo 29 do Plano de Carreira do Magistério de Laranjeiras que versa justamente sobre a remuneração. O Texto – em convergência com a Constituição Federal – assegura que a revisão geral anual do piso dos profissionais do Magistério Público do Município de Laranjeiras deve acontecer sempre na mesma data, em janeiro, e sem distinção de índices.
Porém, os professores de Laranjeiras são reféns de um projeto de lei ainda pior do que o famigerado PL do governo estadual. A lógica de dividir a carreira, no entanto, permanece. Assim, os educadores com nível I (médio) receberão o pagamento integral do piso reajustado (ou seja, 15,86%) e os demais níveis terão o pagamento parcelado em 7 vezes, tal qual as compras feitas em lojas de departamento. Para todos e sem diferenciação, sobrou apenas o não pagamento de retroativos.
O ataque à educação e aos educadores promovido pela administração municipal fez crescer a indignação na categoria que reagiu. Atos, monitoramentos das sessões da Casa dos Vereadores e mais recente, a Via Crucis, organizada na tarde da última sexta-feira (17) são exemplos de que a luta segue. E, de acordo com o professor Gildo Alves Bezerra, membro da Comissão de Gestão e Acompanhamento de Carreira, a mobilização continuará. Nesta quarta-feira (22) acontece, às nove da manhã, assembleia dos professores.
