Professores de Itaporanga paralisam as aulas e vão às ruas pelo piso salarial

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Nem as chuvas atrapalharam a passeata dos educadores realizada na manhã da última terça-feira pelas ruas da cidade. Junto com os servidores municipais eles fizeram uma paralisação de advertência. Os professores cobram a implantação do que está previsto na lei do piso para o ano de 2009.

Desde o início dessa administração que o SINTESE tenta negociar a implantação dos 2/3 do piso, mas o prefeito César Mandarino não apresentou nenhuma proposta e argumenta a queda nas receitas para não implantar a lei 11.738/2008. “Atualmente ele nem está recebendo a categoria, na época da campanha dizia que ia tratar os professores com carinho, mas não é isso que estamos vendo em Itaporanga”, disse Uílson Menezes Hora, delegado sindical do SINTSE no município.

A deputada estadual Ana Lúcia (PT) também esteve em Itaporanga e conversou por telefone com o prefeito César Mandarino o qual se comprometeu em reunir-se com ela e o presidente do SINTESE, Joel Almeida na próxima semana. A deputada aposta no diálogo para negociar dentro das possibilidades de receita do município. “Nosso objetivo maior é melhorar a escola pública”, disse Ana.

Os professores denunciam também a péssima qualidade e a falta de variedade do cardápio da merenda escolar servida no município, quase todos os dias os alunos merendam somente achocolatado com biscoito. Segundo delegado sindical a situação é grave, pois já foram entregues nas escolas municipais até gêneros alimentícios estragados.

Outro problema a interferência do prefeito com relação aos conselhos escolares. São os conselhos que decidem como serão usados os recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, mas os diretores estão sendo pressionados a usar metade do recurso para pintura da escola. “Quem deve decidir o que fazer com o dinheiro são os conselhos. Esse recurso serve para ajudar a escola na sua organização, comprar material didático-pedagógico, material permanente, etc.”, disse Uílson.