Campanha do plebiscito sobre a divisão do Pará começa nesta terça

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São Paulo – Começa nesta terça-feira (13) o período de campanha do plebiscito pela divisão do estado do Pará em três, com criação de outros dois territórios, de Carajás e de Tapajós. Os eleitores paraenses irão às urnas em 11 de dezembro deste ano, porém o resultado será apenas consultivo já que cabe à Câmara dos Deputados e ao Senado decidirem sobre a criação ou não dos novos estados. É primeira vez no Brasil que a criação de um estado é decidida em plebiscito.

A partir desta terça-feira já está liberada a campanha nas ruas. No rádio e na TV, porém, a propaganda só começa no dia 11 de novembro, um mês antes do plebiscito. Cada frente terá como limite de gasto R$ 10 milhões, valor estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que corresponde a quase o dobro do que gastou o governador Simão Jatene (PSDB) para se eleger em 2010. Há cinco registros protocolados na Justiça Eleitoral do estado, duas frentes a favor e três contra a divisão do estado.

O material da campanha a favor da criação dos novos estados está sendo criado pelo marqueteiro Duda Mendonça. As peças divulgadas têm como cores básicas o verde e amarelo. Enquanto a campanha contrária à separação terá as cores azul, branco e vermelho, com destaque para o número 55, que deverá ser digitado na urna eletrônica por aqueles que defendem a manutenção da unidade do estado.

Mapa de divisão do atual território do Pará em três unidades da federaçãoNesta quinta-feira (15), os deputados estaduais se reunirão em sessão especial na Assembleia Legislativa  para debater a possibilidade de divisão do Pará com criação de outros dois estados. Proposta pela líder do PR, Raimundo Santos, a sessão servirá para debater o tema, sem apontar caminhos a serem seguidos no plebiscito.

Os paraenses deverão responder a uma única pergunta, se aceitam ou não a divisão do território em três unidades da federação. Se a divisão for aprovada pelos eleitores e confirmada pelo Congresso Nacional, Carajás ficaria com as regiões sul e sudeste do atual Pará, com 1,6 milhão de habitantes. Tapajós, a oeste, ficaria com 1,3 milhões de pessoas. O restante permaneceria sendo nomeada como Pará, com 4,5 milhões de habitantes.