CUT promove Debate sobre Ditadura Militar

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No próximo dia 18 de fevereiro, sexta-feira, a partir das 19h, a Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE) promove a 3ª Mesa de Debates sobre as Vítimas da Ditadura Militar. A atividade será realizada no Auditório da CUT/SE, localizado à Rua Porto da Folha, 1039, bairro Cirurgia.

Na oportunidade, estarão debatendo o ex-preso político Marcélio Bonfim, o vice-presidente da OAB/SE, Maurício Gentil, e o Secretário Estadual de Direitos Humanos, Iran Barbosa.

A Mesa de Debates tem o objetivo de manter viva a história política do país, especialmente um dos períodos mais atrozes, onde muitos brasileiros tinham a sua liberdade e os seus direitos cerceados. Segundo o presidente da CUT Sergipe, Rubens Marques, conhecido como Dudu, a atividade “proporciona que as gerações atuais e as futuras não esqueçam o que aconteceu, até porque a democracia não é algo que se ganha de presente, se conquista e se conquista todos os dias”, ressaltou.

Parafraseando Marcélio Bonfim, Dudu afirma que “tem muita gente que mesmo depois da Ditadura continua na clandestinidade porque ninguém os ouve, ninguém os cita”.

Operação Cajueiro

Em 2011, completa-se 35 anos da Operação Cajueiro, fato marcante da história política de Sergipe, ocorrido nos idos da Ditadura Militar.

Numa sexta-feira de 20 de fevereiro de 1976, o Coronel Oscar da Silva e outros oficiais da 6ª Região Militar, sediada em Salvador, instauraram um Inquérito Policial Militar (IPM) e seqüestraram ativistas, estudantes, trabalhadores e militantes políticos sergipanos que lutavam pela redemocratização e pelo fim da Ditadura Militar no Brasil.

Depois de seqüestrados, foram levados presos para as dependências do quartel do 28º Batalhão de Caçadores. A operação teve a efetiva participação das unidades dos órgãos de segurança sediados em Sergipe.

Dias depois, a maioria dos presos políticos foi liberada, permanecendo no quartel Marcélio Bonfim Rocha, Milton Coelho de Carvalho, Carivaldo Lima Santos e Jackson de Sá Figueiredo. Estes passaram 50 dias no quartel, na condição de presos políticos.