Os dias das lâmpadas incandescentes estão contados. Banidas na Austrália e na União Européia, em 2009, e em países como Venezuela, Argentina e Cuba, elas já estão sendo substituídas em cerca de 40 países, segundos dados do Programa Ambiental da ONU. De acordo com um estudo da organização, a adoção de modelos mais eficientes — como o fluorescente — pode reduzir em 2% a demanda por eletricidade para a iluminação.
No início deste mês, a Ikea, rede multinacional de lojas de mobílias e utilidades domésticas, foi a primeira a interromper a venda de lâmpadas incandescentes nos Estados Unidos. Segundo a legislação do país, a comercialização desses equipamentos será abolida em 2012. Uma pesquisa realizada pela própria Ikea revelou que 61% dos americanos não sabiam da existência dessa lei, no entanto, 81% deles concordam que a utilização de uma iluminação mais econômica é uma boa prática para o meio ambiente.
No Brasil, embora ainda populares, o consumo de lâmpadas incandescentes está caindo mesmo sem programa específico de incentivo. Desde 2001, quando a falta de chuvas provocou um racionamento de energia nacional, houve um aumento do uso de modelos fluorescentes, cujas vendas, desde então, crescem 20% ao ano. Hoje, o país importa cerca de 80 milhões de lâmpadas fluorescentes, das quais mais de 70% vêm da China. Diante dessa competição, três das quatro fábricas de incandescentes que operavam no país fecharam as suas portas.
As incandescentes também devem ser proibidas no Brasil. Há uma proposta de portaria, em consulta, para que a mudança passe a vigorar em 2012. Segundo a ONU, a adoção de lâmpadas mais eficientes no Brasil promoveria uma economia de US$ 2 bilhões por ano.