Na manhã de hoje (10) o diretor do departamento de Base Estadual, Roberto Silva dos Santos, participou de reunião na Casa Maternal Amélia Leite, na pauta o destino das primeiras séries do Ensino Fundamental na escola que correm o risco de não funcionarem em 2012. A reunião foi marcada na audiência realizada no Ministério Público no último dia 04.
Além do representante do SINTESE, também estavam presentes à reunião a secretária Adjunta de Educação, Hortência Araújo, a diretora da Diretoria de Educação de Aracaju – DEA, Nádia Cardoso e membros do conselho da Casa Maternal Amélia Leite, instituição que abriga a escola.
Na audiência ocorrida no Ministério Público o SINTESE já tinha proposto que a Secretaria de Estado da Educação buscasse a manutenção do regime do comodato ou alugasse o prédio, para que as 287 crianças que cursam as primeiras séries do Ensino Fundamental não ficassem sem ter onde estudar.
Para o sindicato o fechamento da escola seria prejudicial não só para as crianças que perderiam um referencial, mas também para as mães. Os alunos moram nos bairros Suissa, América, Getúlio Vargas e também em Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros.
“O fechamento das turmas geraria um problema econômico e social, pois os pais e mãos matricularam seus filhos na escola por ela estar perto dos seus locais de trabalho. Mudar as crianças de escola seria inviável”, apontou Roberto.
Durante a reunião foi discutida a proposta de aluguel do prédio por parte da Secretaria de Estado da Educação. De acordo com Roberto, os membros do conselho receberam a proposta de forma positiva. “Nosso principal objetivo é que a escola não seja fechada e que os alunos não fiquem desamparados”. A fala de Roberto vem no sentido de que nenhuma escola da região oferece o ensino integral adotado pela escola Amélia Leite.
Ontem (10) alunos, pais e professores realizam uma caminhada pelas ruas do entorno da escola (localizada na rua Frei Paulo no bairro Cirurgia) clamando para que não se fechasse a escola. Esse é o segundo ato que os pais realizam, o primeiro foi dia 27.
O próximo passo é aguardar até o dia 16, onde Secretaria de Educação e a instituição mantenedora da Casa Maternal Amélia Leite entrariam em contato com o Ministério Público.
Janaína Balbino, representante dos pais dos alunos, que não pode participar da reunião, mas aguardou o seu término espera que a solução de aluguel do prédio seja definitiva e que a escola não seja fechada, pois todos sairiam prejudicados. Ela conta também que os pais não foram avisados sobre o possível fechamento da escola. Eles só souberam do fato porque uma pessoa acessou o site da Secretaria de Estado da Educação e viu uma nota sobre o fato. O filho de Janaína estuda há quase sete anos na escola.