Além de criar um cenário caótico na comunidade escolar a indicação da atual gestora da escola desobedece aos critérios que regulamentam o processo de seleção de diretores escolares
Na manha desta terça, 03, professoras, professores e estudantes fizeram caminhada no entorno com cartazes os estudantes e docentes demonstraram a indignação com as ações da diretora e solicitaram a exoneração da atual gestora da escola.
Além da indicação não obedecer aos critérios estabelecidos no processo de seleção de diretores escolares, ações da gestora colocaram em risco a oferta de vagas do ensino fundamental e o funcionamento do turno noturno. A unidade de ensino está localizada na rua Maria Adolfina Costa, 65, conjunto Augusto Franco.
As aulas do segundo semestre foram iniciadas hoje e logo cedo, professores, professoras e estudantes dialogaram e construíram cartazes mostrando a sua indignação com a gestão da diretora Raquel Taveira. Eles também assistiram documentário “Ocupação Portela! E se todas as escolas fossem Ponto De Cultura?” que trata da ocupação ocorrida no colégio em 2016.
Descontentamento com a gestão
Sem fazer nenhuma consulta a comunidade escolar, a diretora decidiu que extinguiria três turmas do ensino fundamental e uma do ensino médio. A justificativa utilizada pela diretora foi a baixa frequência e a evasão.
A ação não considerou as graves consequências como: a devolução de professores o que ocasiona a destruição da identidade construída entre a comunidade e os professores, além de diminuir o número de vagas para o ensino fundamental e a grande probabilidade de extinção do turno noturno, prejudicando com isso os estudantes trabalhadores. Isso sem contar o descarte de 80 diários de classe, reformulação dos horários dos docentes restantes nos três turnos e total desmantelamento dos horários dos profissionais docentes que foram devolvidos em pleno andamento do ano letivo.
Membros da comunidade acionaram a DEA e provaram através da Lei de Diretrizes e Bases, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Magistério e a portaria que estabelece a Matrícula Online nas escolas da rede estadual que os recursos para reaver os estudantes não frequentes não foram esgotados.
Com isso a diretora do órgão Eliane Passos determinou que ação da equipe diretiva do Petrônio Portela fosse anulada, ou seja, as turmas e professoras e professores retornariam aos moldes do primeiro semestre.
Os docentes também buscaram o SINTESE para mediar a situação. O sindicato enviou ofício ao Ministério Público Estadual com cópia ao governador solicitando que a denúncia seja apurada e que o secretário de Educação do Estado cumpra a legislação e as normas em vigor.
“Os professores do Petrônio Portela tiveram uma vitória importante, mas permanece o descontentamento com a direção da escola. Para a comunidade escolar a a falta de uma formação mínima em gestão educacional da diretora vem prejudicando o bom andamento do trabalho escolar, gerando um cenário caótico no interior da escola. É preciso que o Estado cumpra a legislação, para que, assim, o ano letivo do colégio Petrônio Portela seja concluído conforme planejado no seu Projeto Político Pedagógico.”, concluiu o vice-presidente do SINTESE, professor Roberto Silva dos Santos.