Professores de Maruim resistem ao Plano da Morte

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Plano da Morte
Em assembleia, os professores de Maruim mostraram-se dispostos a fazer o enfretamento para conquistar os seus direitos. Plano da MorteA última reunião aconteceu no dia 25 de agosto e a mobilização para os próximos meses deve continuar.

A situação do magistério na cidade é caótica. Não há respeito algum a categoria que até hoje amarga com a não integralização do piso salarial, aprovado e tornado lei em 2008. A péssima remuneração é fruto da má vontade política do prefeito e da Secretaria Municipal de Educação.

O plano de carreira, aprovado pela câmara de vereadores, ficou conhecido com Plano da Morte. Está repleto de armadilhas e tem artigos em desacordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a Constituição Federal. Aliás, causa no mínimo estranhamento pensar como um plano foi validado contendo erros gritantes.

O plano prevê a graduação como qualificação mínima, desconsiderando a existência de professores que possuem o nível médio e contrariando a LDB. É preciso frisar ainda que o documento fala em sistema de ensino, quando o que existe no município é rede.

Enquanto a prefeitura impõe perdas para os educadores, os problemas já existentes permanecem sem serem resolvidos. Há denúncias até de concursados para serviços gerais que estão em salas de aula.

Mais um ataque

Como se não bastasse o não cumprimento da Lei do Piso do Magistério, os professores de Maruim sofreram na noite da última quarta-feira (30) mais um duro golpe. A Câmara Municipal de Maruim aprovou, com apenas um voto em contrário, o Projeto de Lei que reajusta o salário de 62 servidores contratados e possibilita a contratação de 139 profissionais, dentre eles professores.

Longe de garantir melhorias para a classe trabalhadora, a atitude do prefeito Gilberto Maynard referendada pela câmara é uma afronta aos Professores deliberam as próximas açõeseducadores que estão lutando para conquistar direitos. A lei prevê remunerações para os servidores contratados maiores do que o valor destinado aos professores efetivos da rede municipal. O professor que tem contrato temporário em Maruim recebe agora o equivalente a um professor efetivo e com no mínimo seis anos de serviço.

Organização para avançar

Os desafios postos para os professores de Maruim são muitos e para se preparar já está na agenda o curso sobre legislação sindical, que acontece Professor Neilton fala sobre o Plano da Mortenos dias 22 e 23 de setembro. Durante a formação, os participantes também vão destrinchar ponto a ponto o Plano da Morte da prefeitura.

Antes de finalizar a assembleia foram escolhidos os representantes para a comissão de negociação, conselho de alimentação escolar e delegados sindicais. Esses educadores encaram a tarefa de fiscalizar e conduzir as atividades da categoria. Veja como ficaram as composições:

Delegadas Sindicais:
Emanuela Santos Alves Pereira (titular)
Rute Filomena Santos da Silva (adjunta)

Conselho de Alimentação Escolar (CAE):
Kelly Silveira Teles (titular)    
Maria Vilma Santos (suplente)

FUNDEB:
Emanuela Santos Alves Pereira
Aline Cristina Santos

Mesa de negociação Sindical:

Ivanize B. Mendes de Andrade
Maria do Carmo Santos Lima
Rute Filomena Santos da Silva
Isabel Cristina Santana do Nascimento
Emanuela Santos Alves Pereira
Sandra Regina Cruz Araújo
Alaíde Paes dos Santos Machado
Acompanhe a luta dos professores de Maruim em: www.maruimalerta.blogspot.com