III Conferência Estadual de Políticas para Mulheres reforça a autonomia feminina

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Na sessão desta quarta-feira (09/11), na Assembleia Legislativa, a deputada Ana Lucia (PT) foi ao pequeno expediente registrar a importância do tema da conferência, que abordou a questão da autonomia e emprego para as mulheres e parabenizou a ação da secretaria de Políticas para Mulheres de Sergipe em nome de Maria Teles, e a ministra Iriny Lopes que veio dar sua contribuição na Conferência.

“Um dos problemas graves que a gente enfrenta ainda é a violência, então a secretaria de Políticas para as Mulheres e o Ministério, continua na luta contra a violência praticada contra as mulheres, mas esse ano tem o foco na autonomia e na empregabilidade, e esse é um problema em todo o Brasil”, afirma a parlamentar.

Ainda no pequeno expediente a deputada expõe os números desproporcionais entre homens e mulheres, pois em Aracaju apesar de terem mais mulheres do que homens, afinal são 305.000 mulheres e 265.000 homens, no que tange a empregabilidade existem 120.000 homens empregados enquanto são 88.000 mulheres empregadas.

Enfatizou a importante mobilização que a ministra tem feito em Sergipe no intuito de que se estabeleça uma vara de proteção e de promoção da mulher, pois esta esteve em audiência no Tribunal de Justiça com o desembargador José Alves Neto.

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres Iriny Lopes e também militante petista da corrente Articulação de Esquerda, esteve na mesa de abertura da 3ª Conferência Estadual de Políticas para Mulheres, que começou terça-feira (08/11) às 19h, após a programação durante a manhã e a tarde.

A mesa de abertura começou de forma positiva, e lotou o salão do Clube do Banese onde mulheres dos mais diferentes segmentos e movimentos, estiveram presentes, juntas, fazendo emergir um clima de união e garra, rumo à construção de 25 propostas que representem o conjunto da diversidade de mulheres de Sergipe.

A ministra que foi à conferência para dar uma palestra sobre “Autonomia Econômica, Social, e Política das Mulheres” na mesa de abertura fez um discurso franco, positivo e propositivo com as mulheres sergipanas.

Iriny reforçou que esse é o momento propicio para o conjunto do povo brasileiro discutir com mais atenção e respeito as pauta das mulheres, é uma oportunidade que não pode ser perdida nesse período de avanço das conquistas das mulheres.

Ela ainda chamou a atenção para que as militantes e mulheres que estão na luta diária não esmoreçam, pois não é só o fato de ter uma mulher ocupando o cargo de presidenta que irá garantir o cumprimento dos direitos e das questões femininas.

“O fato de termos eleito a nossa presidenta não mudou automaticamente a vida das mulheres no país, constituiu-se um símbolo de que efetivamente as mulheres podem, de que as mulheres têm as mesmas condições de inteligência, de capacidade, de determinação que tem os homens. O que nós precisamos ter são políticas que nos levem ao patamar da igualdade, então somos todas chamadas a refletir que o fato de um êxito individual não significa automaticamente o êxito de um conjunto das mulheres, para termos a superação da desigualdade nós precisamos observar algumas questões” pondera a ministra.

Continuou sua explanação colocando a necessidade de se considerar a diversidade no conjunto das mulheres, onde existem especificidades que devem ser levadas em conta ao formular as propostas que serão encaminhadas para a Conferência Nacional de Políticas para Mulheres que ocorrerá em Brasília, entre os dias 12 e 15 de dezembro.

Acrescenta que é preciso entender que a diversidade está no centro, e por isso deve ser compreendida e respeitada. O respeito pela diversidade deve ser o centro de qualquer política que quer ser igual. “Porque nós não podemos tratar de maneira igual os desiguais, pois só tratando de maneira desigual é que nós vamos transformar em igualdade” pontua a ministra.

Foi essa a direção dada pela ministra, que contemplou e empolgou as 400 mulheres presentes no salão ao pedir que para pensar e formular políticas fosse levado em consideração: a questão geracional, a orientação sexual, a questão de raça e etnia, as mulheres com deficiência, os desníveis educacionais e a questão da diferença e desigualdade econômica e social que ainda marca profundamente o país.

Iriny Lopes finalizou sua fala com uma promessa de suma importância para as mulheres que vivem diariamente os mais diversos tipos de violência, e para aqueles e aquelas que estão nas tricheiras de combate desse mal, ela garantiu seu retorno para a inauguração de um Juizado Especial de Combate à Violência Contra as Mulheres, pauta defendida arduamente por ela.

No evento a secretária de Políticas para as Mulheres de Sergipe Maria Teles, também ressaltou a importância da união das frentes que combatem a violência contra a mulher.

“Queremos fazer o reconhecimento a todas as entidades que compõe a rede de fortalecimento, a rede de enfrentamento à violência, queremos dizer, a todos e a todas que o compromisso dessa secretaria é com o fortalecimento dessa rede porque somente assim nós conseguiremos enfrentar a violência doméstica e as demais formas de violência”, endossou a secretaria Maria Teles.

Na mesa de abertura também estavam presentes o Governador Marcelo Déda, a Secretária de Estado da Inclusão Social, Assistência e do Desenvolvimento e 1ª Dama Eliana Aquino, o vice-governador Jackson Barreto, a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres Iriny Lopes, a Secretária Estadual de Políticas para Mulheres Maria Teles, e as deputadas estaduais Ana Lucia (PT), Conceição Vieira (PT), Maria Mendonça (PSB), o vice-prefeito Silvio Santos e outros representantes do poder público.

As propostas que sairão na Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres irão construir o Plano Estadual de Políticas para Mulheres em 2012.