Eis que surge a direita social

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O professor André Martins da Universidade Federal de Juiz de Fora trouxe para os participantes do XIII Congresso dos Trabalhadores em Educação, realizado pelo SINTESE, “nova pedagogia da burguesia: entender para resistir e superar”

André apresentou a nova face da direita e também da esquerda na atual conjuntura política social do Brasil

Ele explicou que a burguesia passou por um processo de renovação em nível internacional o que acabou criando novas facetas para a direita e também para a esquerda.

Surge a nova direita, uma direita diferente daquela que conhecíamos. Esta é uma direita preocupada com questões sociais. Que na Educação prega que o acesso ao conhecimento científico, filosófico e artístico seja ampliado e também que o magistério seja valorizado.

Mas André alerta que os trabalhadores em Educação não devem ser ludibriados por essa nova face da direita. “A direita para o social não está aí para valorizar a vida ou àqueles que vivem do seu trabalho”, frisou.

A direita para o social se utiliza dessa roupagem “boazinha”, mas os trabalhadores da Educação não devem ser deixar levar, pois os objetivos são os mesmos da direita no sentido mais clássico, todas as ações visam reproduzir o atual status, educando os dominados para a dominação.

“A burguesia paga muito para que sua doutrina seja difundida, mas há muitos fazem de forma voluntária e o elemento mais grave é que ainda há aqueles trabalhadores que difundem os preceitos da nova direita sem sequer ter a percepção disso”, observou.

Para resistir e superar André Martins coloca que projeto coletivo e autônomo de resistência deve ser pensado, e, principalmente ter em mente que este projeto deve ir além dos trabalhadores em Educação. “A mobilização para os demais setores da sociedade em torno deste projeto é a principal tarefa para superar a direita social, mas os trabalhadores em Educação devem ter consciência que esse papel não é só das direções dos sindicatos”, finalizou.